segunda-feira, 31 de julho de 2017

Bomba de combustível coqueiro.





Uma das minhas miniaturas preferidas, além de carros, são as bombas de combustíveis, porém, nunca gostei dos modelos que são vendidas prontas, como já mencionei aqui no blog antes, eu gosto de colocar minha imaginação e habilidades em práticas.

É difícil de entender o que se passa na minha imaginação, muitas vezes eu olho para um objeto, como um frasco de remédio por exemplo e visualizo outra coisa, em que ele pode se transformar e assim eu acabo criando a partir de um objeto, outro objeto que não tinha nada a ver com o propósito para qual ele foi originalmente criado.
Alguns artistas plásticos americanos, usam a tecnologia da impressão 3D para criar esses e outros objetos de cena, porém, como não disponho de tal recurso, tenho que exercitar minha imaginação.
Abro aqui um parenteses para falar um pouco sobre minha profissão. Eu trabalho na área da saúde, e tenho muito contato com materiais hospitalares, por esse motivo, quem acompanha o blog, já deve ter visto algumas das minhas obras contendo agulhas, seringas ou outro material hospitalar qualquer.
Aproveitando, quero esclarecer sobre esses materiais, pois quando se fala que vai usar uma agulha de injeção, uma seringa ou algum material hospitalar, logo vem no pensamento que se trata de material usado. Pois bem, não são, mas também não são materiais novos, pois eu sei que existem muitos serviços de saúde pública que não tem sequer uma seringa para fazer uma injeção nos pacientes e seria totalmente incabível, usar um material novo para fazer diorama sendo que em alguns lugares ele está em falta para ajudar a salvar vidas.
Sendo assim ,você pode estar um pouco confuso, sobre como consigo então tais materiais. Simples, são todos materiais vencidos ou danificados.
No local onde trabalho, ha uma grande rotatividade de material diário e muitas vezes, devido a correria do dia a dia, alguns materiais são mal armazenados e acabam tendo sua embalagem danificada, ficando impróprio para o uso, como é o caso de algumas seringas que acabam rasgando a embalagem e são descartadas por terem sido "contaminada" já que sua embalagem foi danificada. Quando isso acontece o material volta para a farmácia para troca e em seguida é descartado, porém conversando com o farmacêutico responsável, eu acabei "adotando" esses materiais e tudo que não foi usado, mas vai ser descartado, ele me notifica antes para saber se eu tenho interesse.
Assim, eu vou acumulando vários materiais que uso nos meus dioramas ou cenários.
Um exemplo disso foi a segunda bomba de combustível que eu fiz, usando para isso, um tubo de coleta de exame plástico, uma agulha na medida 40x12 (rosa), hastes flexíveis, números que foram retirados de caixa de remédio, lacre de segurança, onde foram colados os números, arame, alumínio, massa epóxi e um pedaço de borracha, retirado de uma Butterfly número 21. Depois de tudo colado e pintado, a bomba tomou forma, mas como o cenário exigia uma bomba de combustível já bem usada, ela não ficou com um aspecto de nova.







Minha segunda bomba de combustível, quando estava sendo montada.

Minha segunda bomba de combustível, depois de pronta.

Minha segunda bomba de combustível, com um aspecto de muito usada.

Para a criação da minha terceira bomba de combustível, eu resolvi inovar e usei alumínio, com a técnica de enferrujar alumínio, pois o cenário exigia uma bomba de combustível em avançado estado de abandono.
Para a criação dessa bomba eu usei basicamente os mesmos materiais, substituindo o tubo de coleta de exame plástico, por alumínio e a parte superior, por uma seringa de 5 ML, limpando com removedor seus números e deixando ela com um aspecto de "vidro sujo", para a base onde ficam os números, novamente usei um lacre de segurança e para a base, massa epóxi e agulhas na medida 25x7.

Minha terceira bomba de combustível, quando estava sendo montada.

Minha terceira bomba de combustível, pronta.

Porém, para a criação dessa nova bomba de combustível, eu vou usar além dos materiais já mencionados acima, novos materiais, como por exemplo uma tampa plástica de garrafa de água, o embolo da seringa (seria a parte que vai dentro da seringa) e um tubo de ensaio, desse que você encontra em laboratório. Novamente, o corpo da bomba vai ser feito com alumínio de uma latinha de refrigerante comum, porém essa bomba vai ter um aspecto bem mais novo, além de contar com iluminação dentro do seu globo.
Vamos ver se consigo fazer essa bomba com um aspecto mais novo então.

Começando com uma seringa de 5 ML.

Os números, recortados de uma caixa de remédio, vou precisar de muitos desses.

Retirando a borracha da ponta do embolo da seringa de 5 ML, eu lixei sua base e suas laterais para que elas passem por dentro do tubo de ensaio, em seguida, recortei e colei os números nas bases do embolo da seringa.

Este é um tubo de ensaio rígido, ele não é de vidro, apesar da aparência.

Depois de abrir o tubo de ensaio, limpei todo o resíduo de cola e sujeira, para deixá-lo bem transparente.

Após, coloquei o embolo da seringa de 5 ML dentro do tubo.

Com a tampa de uma garrafa de água comum, eu vou fazer as bases da bomba de combustível.

Serrando a tampa de uma garrafa de água.

A tampa de uma garrafa de água já serrada e colocada em volta do alumínio (retirado de uma latinha de refrigerante comum).

Passando o fio por dentro da bomba de combustível.

Para fazer o bico de abastecimento, usei uma agulha de medida 40x12 (cor de rosa), um grampo de papel e uma mangueira de um butterfly número 21.

Essa é a aparência antes da pintura.


















segunda-feira, 17 de julho de 2017

O farol


Foto feita em ambiente natural.


Sempre que via algum farol de praia, seja em filmes, seja em fotos, ficava tentado a fazer uma maquete relacionada ao tema, mas não queria fazer um farol tradicional, desses redondos feitos de concreto que vemos tão comumente nas praias, em cima de uma rocha a beira mar, queria fazer um farol de praia mais rústico, feito totalmente em madeira, como aquelas casas americanas e capelas das décadas de 30 e 40.
Esse é mais um exemplo de projeto começado e engavetado por anos pro falta de tempo e material, foi iniciado em 2017 e finalizado apenas em 2022.
Sempre que vou começar a fazer um projeto, eu já tenho ele visualizado na minha cabeça, cada detalhe, cada material que vou utilizar e principalmente a miniatura de carro que vou usar.
Como sempre, tempo é um fato que está sempre contra minha pessoa, então comecei pelo mais fácil, as portas e janelas.


Usando palitos de picolé, dei inicio a construção pela porta de entrada do farol.

Usando palitos de picolé, fiz as janelas e a porta de entrada da torre do farol.

Janelas e porta pronta para pintura.

Detalhe de uma das janelas.

Todas as janelas e portas prontas para pintura.

Detalhes da porta de entrada da torre do farol.

Iniciando pintura de fundo.

Iniciando pintura.

Quando eu falo que já tenho em mente o que vou usar, não quer dizer que está a minha disposição, isso por exemplo é uma peça de um liquidificador que minha mãe usava, sempre fiquei de olho nele e sempre falava para ela:
Quando não for mais usar essa peça, me avisa que eu vou usar.


Quando finalmente ela iria descartar a tal peça, pois já havia comprado um novo liquidificador, eu consegui a tão esperada peça, porém, nessa época a construção dessa maquete estava parada, então fui usando ela como apoio para pintura das minhas miniaturas.

Mas a sua hora chegou, então retirei as telinhas metálicas que ela tinha, limpei a peça e deixei apenas sua estrutura, para fazer a parte superior do farol, onde ficaria alojada a lâmpada do farol.

Fazendo a estrutura da casa com palitos de picolé.

Colocando as portas e janelas na estrutura e fazendo a sacada da área da lâmpada do farol, assim como seu telhado.

Uma foto da casa do farol e sua torre prontas, hora de começar a fazer a base.

Começando a fazer a base usando isopor, para não ficar tão pesado.

Farol já pintado de branco e o telhado de cinza escuro.

Início do acabamento da base, para fazer esse acabamento, usei argila, para fazer os detalhes de pedra.

Começando a fazer a sacada do farol, usando além de palitos de picolé, palitos de dente.