terça-feira, 26 de setembro de 2017

Vários dioramas juntos.

Estava um dia desses mostrando algumas fotos dos meus diorama para um amigo do trabalho e esse me perguntou, de onde eu tirei essa ideia de fazer dioramas, maquetes e cenários.
Na verdade, não sei responder, foi uma mistura que assim como um bolo, você junta vários ingredientes e põem para assar, então ele cresce e se transforma em algo diferente do início.
Assim começou meu gosto por miniaturas e dioramas, através de vários ingredientes, como a paixão por carros antigos, ferro-velho, desmanches automotivos e cenários de deserto e carros abandonados. Juntando tudo isso, nasceu essa paixão por miniaturas cenário e dioramas, pois eu sabia que não teria condições de ter um carro antigo de verdade, muito menos um ferro velho.
Meu primeiro diorama, como já mencionei aqui no blog, foi o de um ferro velho, uma cena em escala 1/24 de um ferro velho real que havia visitado naquela época, depois, vi uma foto de um posto de gasolina americano abandonado com vários carros antigos parados em torno dele. Esse posto era feito de madeira e logo imaginei em reproduzir aquela foto encontrada numa revista de carros antigos importada, usando o material que eu tinha disponível na época; Palitos de sorvete.
Fiz a estrutura do posto e a pintura, mas não passou disso e devido a outras obrigações, acabei deixando ele de lado.
O tempo passou e novamente iniciei os trabalhos de termino desse posto, começando pelo telhado que será todo feito de palitos de sorvete, porém, eu não imaginava como era difícil de cortar pedaço por pedaço de palitos de sorvete para fazer esse teto. Somente o telhado da frente do posto usou mais de 200 palitos de sorvete que foram cortados um a um na base da tesoura.
Depois de tantos calos nos dedos, eu vi a foto de um diorama na internet que me despertou a atenção, era um outro posto de combustível e serviço, tão bem detalhado que eu me animei na hora para fazer algo parecido.
Não queria uma cópia, queria algo parecido, mas ao mesmo tempo diferente e assim novamente esse posto de combustível que estava terminando, foi deixado de lado.
Descobri então que o autor da obra, usou materiais como paredes de plásticos e impressora 3D para fazer os detalhes desse posto, material esse que até o momento é indisponível na região onde resido, até mesmo madeira balsa não existe aqui na região, sendo assim, com vontade e coragem, eu parti para o desafio de fazer esse posto, somente usando materiais recicláveis.
Depois de alguns meses, terminei esse posto, que chamei de “Gas station Last Chance”, mas nesse tempo, eu já havia visto outra obra desse mesmo autor na internet e resolvi também fazer uma obra inspirada nesse diorama dele. Depois de mais alguns meses, nascia “O velho posto abandonado”
Também nesse meio tempo, me dedicava a outros dioramas, como por exemplo, o “Ford Wood 1931 abandonado”, o “Bel Air 1953 no fundo do rio”, o “Celeiro”, “A Pick-up da fazenda”, o “Ford 1932 abandonado” entre outros.
Mas o que mais me deu trabalho, (e na verdade, ainda não está finalizada) foi a “Casa abandonada”, principalmente pelo tamanho da casa.
Numa tarde de domingo, fui lavar a garagem e levei todos esses dioramas para o quintal e juntei tudo. Quando eu percebi, tinha uma minicidade montada bem no quintal de casa e então resolvi juntar todos como se fosse um posto à beira de uma estrada americana e tirar algumas fotos.
Primeiramente, fiz uma sessão de fotos apenas com o posto de gasolina e algumas miniaturas que eu tenho, depois eu coloquei todos os dioramas juntos e com um pouco de imaginação e areia, deixei a criatividade fluir.
Confira nas fotos abaixo alguns desses momentos.

Gas station Last Chance

Essa foi a primeira maquete que montei por completo.

Como podem observar, ainda não está terminada, pois está faltando a base.

Para compor o cenário, coloquei ao lado da casa uma árvore feita de arame e o Bel Air 1957 caracterizado como abandonado.

Tem a construção desse Bel Air aqui no blog, passo a passo de como foi feito.

Muitos imaginam que eu só sei destruir as miniaturas que eu tenho, mas isso não é verdade, na maioria das vezes, eu só faço uma caracterização de carro abandonado, em uma miniatura que chamamos de sucata, ou seja, uma miniatura que até teria salvação, mas ficaria mais caro do que comprar uma nova.

Um exemplo disso é esse Impala 1964, o qual eu poderia facilmente caracterizar como carro abandonado, já que seus cromados já estão bem desgastados.

Mas seus detalhes como interior e pintura estão em tão bom estado que não tive coragem de fazer isso e acabei deixando como está, até conseguir comprar um aerógrafo para poder fazer pinturas com tintas que imitam o cromado.

Mas mesmo assim, ele saiu bonito na foto.

Isso já não se aplica ao Impala 1959 conversível, que seria aquele caso de que até dá para restaurar, mas ficaria mais caro do que comprar um Kit novo e montar, sendo assim, ele foi caracterizado como um carro abandonado.

A pick-up Chevrolet 1957 é um caso em que ela estava desgastada, mas que eu poderia usar como uma pick-up de fazenda e assim eu fiz, não está abandonada, mas está bem sucateada, como se ainda fosse usada no dia a dia.

Para exemplificar bem isso, deixei em sua carroceria alguns fenos e algumas caixas de frutas, como se ela tivesse acabado de vir da fazenda para abastecer.

Outro caso de um Kit que já poderia ser usado como carro abandonado é o Chevrolet Bel Air "Gasser" 1955, mas eu preferi manter ele assim por enquanto e futuramente vai ter a restauração que ele merece.

Outra Pick- up que mantenho em estado de nova é a Chevrolet 3100 1955 preta, usando ela apenas para fotos.

Uma grande surpresa foi esse Chevrolet Corvette 1957. Eu me lembrava que tinha um Corvette guardado em casa, mas era vermelho e quando fui procurar nas caixas que ficaram guardadas durante anos, eis que para minha surpresa, eu tinha uma amarela também e nem me lembrava mais dela.

A única coisa que me incomoda nesse carro, são as rodas, pois elas tem um estilo moderno para o cenário de década de 60, sendo assim ainda vou acabar trocando essas rodas por rodas com calotas.

Esse Chevrolet Bel Air 1957 é do mesmo modelo do que está caraterizado como abandonado, porém aquele eu cortei seu teto e deixei conversível.

Assim como no Corvette amarelo, o que me incomodava nesse carro eram as rodas, porém elas, depois dessas fotos já foram trocadas.

Ao lado do Chevrolet Bel Air 1957, você pode observar a minha outra Corvette, a vermelha de 1957, que também precisa de uma restauração completa.

Esse carro teve várias peças trocadas com o outro Bel Air 1957 que modifiquei, pois ambos estavam com seus detalhes cromados já em mal estado e mesmo deixando as melhores peças para esse carro, ainda assim, não estão em perfeito estado.

Outro Kit que já passou da hora de ser restaurado é esse Bel Air 1956. Na época eu troquei suas rodas e pneus por um modelo mais esportivo e rebaixei sua suspensão, além de colocar película nos vidros dianteiros e traseiro, mas pretendo futuramente reverter tudo isso, deixando ele com uma aparência mais clássica.

Esse foi até o momento, minha última aquisição.

Um Chevrolet 1939 transformado em Hot Rod.

Ele já veio com motor V8 e rodas cromadas que não são originais do modelo na época.

Esse é o tipo de carro que não pretendo modificar nada nele. Já está perfeito do jeito que está.

Outro carro que está necessitando de uma leve restauração nos cromados é esse Imapala 1958.

Esse também é um carro que eu já comprei assim, ele lembra muito o Impala 1958 do filme American Graffiti, principalmente pela falta dos detalhes cromados acima dos para-lamas dianteiros e as rodas cromadas, ao invés de calotas.

Eu provavelmente não vou modificar nada nele, apenas talvéz, fazer as faixas em vermelho na lateral dele para assim deixar exatamente igual ao do filme.

Mas no momento, tudo que ele precisa é de uma restauração nos cromados.

Outra que está precisando de uma restauração nos cromados é essa Pick-up Chevrolet Cameo 1957, do restante não tem mais nada a fazer.

Apresentado todos os carros que compõem esse cenário, vamos falar um pouco sobre a maquete.

Se você reparar bem, não estou chamando mais essa obra de diorama. Usava a palavra diorama como algo genérico, assim como o nome do blog é Dioramas, porém, conversando com uma pessoa que é um profissional na arte de diorama ele me explicou que existem diferenças entre dioramas, maquetes, cenários e vinhetas.

Nesse caso, o que eu estou demonstrando aqui, seria um cenário usando uma maquete. Para ser caracterizado como diorama, teria que ter no mínimo, três figuras humanas, desenvolvendo uma história.

Se tivesse uma figura de um mecânico mexendo no carro, um frentista abastecendo e uma pessoa no caixa, já podia se definido como diorama, mas do jeito que está agora, ele pode ser definido como um vinheta.

Neste contexto, cada vinheta representa um instante ou momento de uma história. Costuma considerar-se como a representação em 3D de uma cena significativa, onde não está sendo contada uma história, mas apenas mostrando o ambiente. 

Então, vamos falar um pouco da cena em si.

Eu queria representar um posto de gasolina, em pleno funcionamento, durante a noite, onde alguns amigos se reuniram para conversar.

A cena se passa como se estivessem a noite no deserto, por isso não é possível ver nada e nenhuma luz próxima a não ser a do próprio posto de combustível.

Usei nessa vinheta apenas o posto de combustível e seus agregados, como a árvore e a caixa de água.

Se quiser ver detalhadamente a construção desse posto de combustível, tem aqui no blog, passo a passo de como foi feito e todos os itens que ele possui.

Impala 1958, como se fosse abastecer.

Os carros estacionados como se estivem em um encontro.

Alguns vão para a parte da oficina para fazer pequenos ajustes mecânicos de última hora.

A cena ficou bem característica de alguma estrada nos anos 60.

Por isso usei carros no máximo até do ano de 1964.

A noite com as luzes acesas, dá mais impressão de realismo ao cenário.

A Pick-up Chevrolet estacionada em frente ao posto.

Letreiro do posto também é iluminado.

Uma visão geral da cena.

Uma visão da área da oficina.

Coloquei todos os carros como se estivessem abastecendo antes de partir, aqui o Impala 1964 na bomba de combustível.

Chevrolet 1939 na bomba de combustível.

Chevrolet 1939 na bomba de combustível.

Chevrolet 1939 saindo da bomba de combustível.

Uma visão do banheiro, visto do lado de fora, pela janela.

Impala 1959 novamente na oficina.

Impala 1959 novamente na oficina.



No dia seguinte, resolvi aumentar um pouco mais essa vinheta, transformando ela definitivamente num cenário. Um cenário que além do posto de combustível, agora possui muitos mais casas e locais abandonados.

Uma das grandes diferenças entre a primeira montagem e essa é que eu uni todas as construções usando para isso uma madeira bem grande como base e areia para disfarçar a madeira.

Reparem que a madeira deu um efeito de asfalto para a cena.

Para esse cenário, usei novamente os carros que havia usado anteriroemtne.

E outros, como por exemplo o Ford Fairlane 1957 na oficina do posto.

O objetivo da cena ainda era o mesmo, retratar um encontro de amigos num posto de gasolina em meio ao deserto.

Porém, ao lado do posto, jaz uma enorme casa abandonada.

E em sua garagem, um velho Ford 1956 Crown Victória.

Assim, com essa cena, podemos deduzir pelo estado do carro na garagem que já não estamos mais nos anos 60, pois ele é um carro da década de 50 que está a muito tempo abandonado ou parado na garagem.

E é isso que eu gosto de deixar como dúvida. Em que anos se passaria essa cena?

Se pararmos para analisar, temos carros da década de 30, 50 e 60 na cena.

Em algumas garagens, temos carros da década de 50 abandonados, já em outras, carros da década de 50 sendo consertados, mas que não estão em bom estado de conservação.

E em outra, carros do final da década de 60, em estado de abandono, como é o caso desse Dodge na oficina.

Alguns carros da década de 50, se mostram em estado total de abandono , como nessa cena, o Chevrolet 1957 conversível totalmente enferrujado abandonado de baixo de uma árvore.

Ou nessa outra cena, o Ford também abandonado na garagem, mostrando que não estamos nem mesmo na década de 60, devido ao estado em que se encontra o Dodge mostrado acima.

Poderia então, essa cena estar se passando nos dias atuais?

Como se fosse um encontro de carros antigos num local nostálgico?

Provavelmente sim, pois como já disse anteriormente, gosto de deixar que está vendo a cena ficar pensando em que ano ela se passa.

Parte de trás da casa abandonada.

Mais carros da década de 50 abandonados, acima Ford Thunderbird 1957.

Impala 1958, como se fosse abastecer.

Os carros em perfeito estado de conservação reunidos em frente ao posto, o que reforça a ideia de que seria um encontro de amigos com seus carros antigos nessa cena.

Chevrolet 1957 se preparando para uma corrida de rua.

Tão emocionante que até o Ford 1956 acendeu o farol (pelo menos um deles).

A corrida de rua entre o Chevrolet 1957 e o Chevrolet preto gasser 1955.

Pela "fritada" de pneus e pela localização, parece que o Chevrolet 1955 gasser está levando a melhor.

A mesma cena de frente.

A mesma cena de cima.

A mesma cena vista de lado.

Como disse anteriormente, uma madeira como base, várias maquetes, um pouco de areia e criatividade, pode ser fazer uma cena dessas.

No caso da fumaça que sai dos pneus do Chevrolet 1955 gasser, foi feita com pedaços de algodão.

Aparentemente a vitória já é do Chevrolet 1955.

Os carro em frente a rua do posto de combustível.

A mesma cena de cima.

A mesma cena de cima.

Após a corrida, um novo desafio ao vencedor, preste atenção que o cenário mudou, apesar da casa abandonada ainda estar ao lado, já não estamos mais a frente do posto de combustível, como se o pessoal, tivesse procurado um local mais isolado para correr.

Uma nova corrida contra outro carro modificado, o Chevrolet 1939.

Novamente, a vantagem é do Chevrolet 1955.

Mas o Chevrolet 1939 também tem potência para "fritar os pneus".

Observe a cena de cima, o ambiente é mais escuro que a cena em frente ao posto de combustível.

A mesma cena de outro ângulo.

A mesma cena de lado.

A mesma cena de frente, escuridão total ao fundo.

Os carros com faróis apagados, só observando, como fazem na realidade, para não chamar a atenção da polícia na escuridão da noite.

A mesma cena de cima.

E a vitória do Chevrolet 1955.


Uma visita ao ferro velho durante a noite.


Outra cena que fiz também na mesma noite, utilizando a garagem com o Dodge foi uma inspiração de um ferro velho americano, bem ao estilo do “Big M” com vários carros dos anos 50 abandonados nele. 

Dodge na oficina.

 Carros em bom estado, ao lado da oficina. Poderia ser esta, a entrada do ferro velho.


 Carros abandonados.


  Carros abandonados.

  Carros abandonados.

  Carros abandonados.

  Carros abandonados.

 Carros abandonados.


Assim, depois de lavada a garagem, era hora de desfazer todo o cenário e colocar todos de volta no lugar e guardar as miniaturas. Como você pode notar, tenho vários tipos de carros em miniaturas, originais, hot e modificados e enferrujados (esses, meus preferidos). O maior problema, é que enquanto eu não tenho um espaço para deixar as maquetes, elas acabam ficando na lavanderia e isso ocupa muito espaço. Minha intenção inicial era de fazer uma mini cidade, mas para isso, deveria ter me dedicado a uma escala menor, pois usando a escala 1/24, uma mini cidade do jeito que eu imaginei, ocuparia toda a extensão da lavanderia (cerca de 10 metros de comprimento), sem comentar que exigiria uma estrutura própria para poder deixar tudo montado, como alguns fazem em construção de cenários de linhas de trem em escala HO, com montanhas, árvores, etc. Quem sabe um dia ainda chego nesse nível?